segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O baixo astral 

Enquanto dura o baixo astral, perco tudo. As coisas caem dos meus  bolsos e da minha memória: perco chaves, canetas, dinheiro, documentos, nomes,  caras, palavras. Eu não sei se será mal olhado. Pura casualidade, mas às vezes a  depressão demora em ir embora e eu ando de perda em perda, perco o que  encontro, não encontro o que busco, e sinto medo de que numa dessas distrações  acabe deixando a vida cair.

(Eduardo Galeano)



Estes escritos me caem  como uma luva.

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