quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Manias

Manias literárias, manias para dormir, para comer, para viver, mania de cheirar.
Os melhores livros que li os encontrei perdidos dentro da biblioteca, foi amor a primeira linha lida. Assim começa o meu romance com os livros. Não leio qualquer coisa, por mania.
Quando pequena não tinha tanta mania para dormir como tenho hoje, troquei algumas manias por outras. Um tanto íntimas para expor-las, mas sutilmente humanas, manias. Silêncio.
Também não era assim, de cheirar tudo antes de comer, literalmente tudo. O gosto fica melhor quando o cheiro vem antes.
As manias da vida existem justamente para manter a vida, como uma forma de aguentar o fardo a carregar. Manias que chamo de sintomas, necessários, doloridos, gozosos, sintomas. Manias servem para as pessoas se singularizarem também e serem lembradas por suas manias.
Lembra e esquece e não perde certas manias.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Aquela criança de vinte e poucos anos atrás, continua tão viva. É como se depois de tanto tempo o ciclo continuasse se repetindo (e continua). Poucas coisas parecem ter mudado, os medos continuam (quase) os mesmos. E a lembrança continua tão viva, tão azul. É quase como ligar a televisão e assistir ali, o filme de uma infância saudosa e que apesar de não voltar nunca mais, continua muito viva...
Aquela criança de vinte e poucos anos atrás, continua tão viva. É como se depois de tanto tempo o ciclo continuasse se repetindo (e continua). Poucas coisas parecem ter mudado, os medos continuam (quase) os mesmos. E a lembrança continua tão viva, tão azul. É quase como ligar a televisão e assistir ali, o filme de uma infância saudosa e que apesar de não voltar nunca mais, continua muito viva...
‎"Quem és tu que me lês? És o meu segredo ou sou eu o teu?"


- Clarice Lispector -